terça-feira, 20 de janeiro de 2009

CANÇÃO AOS REDENTORISTAS

(Letra e música: Cícero Monteiro)

Redentoristas! Redentoristas!
Todos unidos no amor do Pai! (bis)

Redentoristas unidos a Cristo
Com Maria na fraternidade
Na força do Espírito Santo
Com seus dons gerando comunidade!

Força de Deus profética entre os pobres
Gerando a vida e a dignidade!
Redentoristas! Redentoristas!
Todos unidos na fraternidade!

De vida simples qual Jesus menino!
Traduz a Bíblia para os pequeninos!
Como ensinou Afonso de Ligório
Aos seus filhos deste amor divino!

Do Redentor recebeu essa missão
De ser canal da transformação!
Graça de Deus abundante para os pobres
A santidade é sua vocação!

Fortes na fé e alegres na esperança
No zelo e na oração
Unidos, confiantes na herança
Do Pai do Céu, a salvação!

sábado, 6 de dezembro de 2008

CRISTO


Cícero Monteiro


Nessa manhã de sexta feira ensolarada, não havendo muitas leituras para fazer, pus-me a meditar sobre a pessoa de Jesus Cristo, o “Filho amado de Deus” (Mt 3,17), então me pareceu muito significativa à passagem bíblica onde está escrito: “O Senhor fez a Davi um juramento firme e irreversível: O fruto de suas entranhas colocarei no trono...” (Sl 132,11) e ainda: “ O Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a jovem mulher está grávida e vai dar a luz um filho e lhe dará o nome de Emanuel” (Is 7,14) que significa “Deus conosco” (Mt 1,23) , “enviado do Pai como salvador do mundo” (cf. 1Jo 4,14). “Ele foi manifestado na carne” (1Tm 3,16). “No princípio existia o verbo, e o verbo estava com Deus. E o verbo era Deus. No princípio ele estava com Deus. Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada se fez” (1,1-3). “Foi assim que se mostrou o amor de Deus para conosco: Ele enviou ao mundo o seu filho único para que tivéssemos vida por meio dele” (1Jo 4,9). “Ele é a imagem do Deus invisível, primogênito de toda criatura” (Cl1,15), “Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da Divindade”(Cl2,9). Ele é “nosso grande Deus e Salvador” (Tt 2,13), “foi a ele que Deus Pai marcou com o selo”(Jô 6,27). “Ele passou pelas mesmas provações que nós, exceto a provação do pecado” (Cf 1Pd 2,22). “Mestre, sabemos que és sincero e não dais preferências a ninguém, pois não jugas as pessoas pelas aparências, mas ensina a verdadeira doutrina de Deus” (Mt 12,14), pois “aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus” (Jo 3,34). “Deus que nos antigos tempos tantas vezes já havia falado, e de tantos modos, aos vossos pais, por meio dos profetas, nestes dias que são os últimos, nos falou por meio de seu Filho” (Hb 1,1/2). “A palavra que vocês estão ouvindo não vem de mim, mas do Pai que me enviou” (Jo 14,24), “eu e o pai somos um” (Jo 10,30), e “o amor que eu tenho por vocês é como o amor que o Pai tem por mim” (Jo 15,9) “Não os chamo mais de servos, porque o servo não sabe o que faz o seu patrão. Mas chamo-os de amigos porque lhes contei tudo que ouvi de meu Pai” (Jo 3,16), Ele nos ama, nos lava de nossos pecados por seu sangue” (Ap 1,5). “O Filho do homem vai ser entregue ás mãos dos homens e estes vão matá-lo, mas ao terceiro dia ressuscitará” (cf. Mt 17,22-23). “Como vocês sabem, daqui a dois dias, será a páscoa, e o Filho do Homem vai ser entregue para ser crucificado” (Cf. Mt 26,2), “O Pai me ama porque eu dou a minha vida pra reassumi-la de novo. Ninguém pode tirá-la de mim: eu a dou livremente; tenho poder de entregá-la e poder de reassumi-la” (Jo10,32), “eu quando for levantado da terrra, atrairei todos a mim” porque “não existe amor maior que o daquele que dá a vida por seus amigos” (Jo15,13) “Ele deu sua vida por nós” (1cor 5,7). “O Cristo, nossa páscoa, foi imolado” (1Cor 5,7). “ O Cordeiro imolado é digno de receber o poder , a riqueza, o saber, a força, a honra, a glória e o louvor!” (Ap 5,12). “Com efeito, a linguagem da Cruz é loucura para os que se perdem, mas para os que se salvam, isto é apara nós o poder de Deus.” (1cor 1,18), “o Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, que vocês assassinaram pregando-o numa cruz( At 5,30), “pois muitos dias, apareceu aos que tinham subido com ele da Galiléia a Jeruzalém” (At 13,31). Espantados e cheios de medo, imaginavam ver um espírito” (Lc 24,37) “Olhem minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Apalpem e vejam: um espírito não tem carne nem ossos, como vêem que eu tenho” (Lc 24,39). “Não tenham medo” (Mt 28,5) “Porque vocês se assustam?”(Lc 24,38) “Meus irmãos” (Mt 28,10), “A paz esteja com vocês!” (Lc 24,36) “Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor” (Jo20,20.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

DEUS

Cicero Monteiro

Sem ter muito em que me ocupar nessa tarde de quinta feira ensolarada, lembrei do que diz a passagem do livro do Deteuronômio: "Então buscareis o Senhor vosso Deus e o achareis, se o procurardes com todo o teu coração e com toda a tua alma" (4,29). Meditando a fundo o sentido dessas palavras, bateu dentro do meu coração um sentimento renovador em relação a minha experiência de Deus. Deti-me apenas em um questionamento, que naturalmente me surgiu: Deus deve ser mesmo muito exigente, pois se deixa encontrar se "busca-lo" com "todo o coração e com toda a alma", pois ele "conhece todas os corações e os desejos e pensamentos"(cf. 1cor 28,9) Significando que é impossível encontrar a Deus se não for pela via da doação total de nós mesmos, nessa busca, uma vez que não se pode enganar aquele que conhece as nossas intenções nos mais íntimos detalhes, portanto, uma coerência ou uma integridade da pessoa toda se faz necessário para encontrar a Deus. Isso implica dizer que o que eu faço precisa estar de acordo com o que eu falo o que eu falo precisa estar de acordo com o que eu penso e o que eu penso de acordo com o que eu necessito e o que eu necessito precisa estar de acordo como o que sou e o que eu sou precisa estar de acordo com o projeto de Deus que é "o amor" (cf. 1 Jo 4,8.16). Por isso toda pessoa devia ter o pensamento do salmista quando declara: "Ó Deus, tu és o meu Deus; a ti procuro, de ti tem sede a minha alma, a minha carne por ti anseia como a terra ressequida, sequiosa, sem água. Assim te contemplo no Santuário, vendo teu poder e glória" (Sl. 63,2-3). Porque de tudo que existe e que posso imaginar, o mais importante é Deus. Ele diz de si mesmo "Eu sou aquele que sou" (Ex 3,14), "Aquele para quem e por quem existem todas as coisas" (Hb. 2,10). Assim sendo, "são insensatos por natureza todos os homens que ignoram a Deus e que pelos seus bens visíveis, não chegam a conhecer aquele que é, nem pelas considerações das obras, reconhecem o artífice..." (Sb. 13,1). Certamente, nessa situação, reside parte do problema do mal do mundo. As pessoas investem pouco na busca de conhecer a Deus, limitando-se apenas em afirmar que "Deus é grande demais para que possamos conhecer"(Jó 36,26), então bastam-nos apenas as suas obras! Isso está errado, pois não podemos apenas querer bem a criatura e desprezar o criador. A criatura é parte do criador à medida que todo criador deposita em sua obra daquilo que lhe é mais profundo da inspiração, o seu "eu". A obra tem, para seu autor, um valor inestimável, porém a obra é limitada, o autor pelo contrário, é ilimitado por ter o poder de dar vida a novas obras, entendeu? Só a Deus podemos dizer: "Quão numerosas são as tuas obras, Senhor! Fizeste-as todas com sabedoria! A terra está repleta de tuas criaturas"(Sl. 104,24) e "tudo dispuseste com medida número e peso" (Sb. 11,20)pois, "aquele que vive eternamente criou todas as coisas em sua totalidade... nada se pode diminuir ou acrescentar" (Eclo 18,1.6), "tudo é dele, por ele e para ele. A ele seja dada a glória para sempre! (Rm11,30)e "tudo que Deus criou é bom"(1Tm. 4,4). Além do mais "Ele sonda o abismo e o coração... Nenhum pensamento lhe escapa e nenhuma palavra lhe fica escondida"(Eclo 42,18.20). "Ele é tudo" (cf. Eclo43,27) é o que se pode concluir.

visite meu blog: www.poemartelivre.blogspot.com

sábado, 8 de novembro de 2008

MEU PAI DO CÉU
(CICERO MONTEIRO- MONTEIRINNO)

Eu quero amar Deus
Quero senti-lo junto de mim!
Meu Pai do céu!
Olha pra mim...
Teu filho amado está aqui
A te pedir:
Olha pra mim!
Meu Pai do céu!
Confio em ti!
Sei que me amas
E por isso estou aqui...

Sei que muitas vezes eu pequei
Que por caminhos tortuosos eu andei
Mas vim aqui para pedir o teu perdão!
Meu Pai do céu!
Eu descobri que o teu amor por mim
É maior que a minha ingratidão!
Tantas vezes não acreditei no teu amor!
E por isso debochei, não dei valor!
Mas hoje estou aqui...
Meu Pai do céu!
CONFIANÇA EM DEUS.

Bendito seja o Senhor
Pai bondoso e acolhedor
Que alivia nossa dor
Tocando com seu amor!

Ele é a nossa força
Nessa longa caminhada
Nossa única esperança
Acerteza da chegada!

Nele podemos confiar
Pois nunca vai nos faltar
Seja dia ou seja noite
Pra sempre vai nos animar!

Mesmo que um dia de trevas
Queira nos causar a morte
Ele vem em nosso socorro
Para nos mudar a sorte!

Deus nos ama de verdade
Mesmo na adversidade
Ele na sua bondade
Oferece a liberdade!

Nele não há repressão
Não há ódio ou depressão
Nele só existe carinho
E sinais pra salvação!

Louvo a ele que é bendito!
Enxugando as minhas lágrimas
E pedindo pra eu ser santo
Dá-me do Espírito as chamas!

Mesmo abandonado e sozinho
Sinto um pouquinho da cruz
Apego-me em ti que é caminho
E confio em tua luz!

Cícero Monteiro


VIVENCIA DO AMOR

O coração palpitante
Não para de palpitar
Só quero acreditar
Na possibilidade de amar!

Amar verdadeiramente
Aquém tiver precisão
Do mais pobre ao mais rico
Apela pra salvação!

O que importa é a alma
Conta a reta intensão
Produto da fé e calma
Na hora da oração!

O sentimento mais lindo
Brotado do coração
Resgatando o sentido
Da história de ser cristão!

É desejo do Pai do céu
O amor em primeiro lugar
Reinar na vida dos seus
Que desejam caminhar!

Não percamos, pois, o rumo
Na vivencia do amor
Façamos grande consumo
Da oração com fervor!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

MENSAGEM DE DESPEDIDA

(FIZ QUANDO ME DESPEDI DA CASA PATERNA,
AGORA PROCLAMO ME DESPEDINDO DA
COMUNIDADE REDENTORISTA DA MADALENA
REGRESSANDO À CASA PATERNA.)

Dúvidas, incertezas, medos...
Sim, sinto no íntimo de mim, fumegar na doçura da ansiedade que no passar das horas se transforma em aposta, apostar a vida pelo Reino!
Minha alma tem sede... Sede de água de VIDA ETERNA, que jorra abundante da CRUZ REDENTORA!
Do seio da Santíssima EUCARISTIA, me é possível ouvir profunda e tocante a vós do REDENTOR: “Vem, segue-me!” O que mais posso dizer-lhe em resposta?
Prosto-me diante do Senhor como servo e consagro a minha vós, o meu entendimento e minha vida inteira para que seja fecundo amor na FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE.
Vencer as barreiras, ás dúvidas e os medos como águia voa alto, mais retorna ao seu ninho O meu ninho é junto dos pobres, necessitados do alimento da PALAVRA DE DEUS.
Rezem por mim, que rezo por vocês!

Cícero Monteiro
MADALENA 26 DE SETEMBRO DE 2008

Visite: www.poemartelivre.blogspot.com

PARTILHA: SOBRE O MOMENTO QUE ESTOU PASSANDO NA CONGREGAÇÃO REDENTORISTA

“Sou Bom Pastor, ovelhas guardarei Não tenho outro ofício nem terei...” Hoje pela manhã, na capela de nossa comunidade, participando da oração junto com os estudantes redentoristas, meus companheiros, eu estava em profunda sintonia com o Santíssimo Sacramento exposto no centro de nossa capela, era como se ele e eu estivéssemos frente a frente dialogando sobre o momento que estou passando nesses últimos dias aqui no convento dos Redentoristas. Momento de parada para descanso e retiro nesses três meses próximo junto a minha família. Comecei pensando na vida comunitária, como tinha sido viver esse 1 ano e 7 meses de postulantado, houve muitos encontro e desencontros, amizades se solidificaram, partilha de ideais se complementaram. O zelo e o amor pela bem e a fraternidade da comunidade foram o ingrediente principal dessa gostosa convivência, na função de ecônomo por 1 semestre e meio foi a maneira que encontrei para demonstrar meu afeto e meu zelo por cada um que me procurava algumas vezes apenas pra me “sacanear” e fazer comunidade comigo, pedindo dinheiro que não havia sido orçamentado. Eu por outro lado caprichava, indo a cada um para saber das necessidades financeiras para sugeri ao formador a liberação de tais recursos. Orçamentos aprovados, recorria ao Ecônomo Geral da Comunidade, que fornecia em Cheque o valor pedido, cabendo a mim ainda ir ao Banco, enfrentando o perigo de ser assaltado, até mesmo de perder a vida numa situarão tão cotidianeira em nossa cidade do Recife, tendo em vista que nesse tempo de sete meses três de nossos companheiros foram assaltados, levando relógios e carteiras, um de nossos colegas foi assaltado quando passava em frente ao mercado da Madalena, bem próximo de nossa casa. Mesmo com medo, sabia que Deus é que me protegia, pois disso dependia a minha comunidade para caminhar, nunca me utilizei desse “pseudo poder” para benefício próprio, nem para controlar nenhum de meus companheiros, pelo contrário, o mais cautelosamente possível realizava a coleta das notas fiscais que cada um deveria dar ao fim de cada mês, depois separava nota por nota de acordo com a data do mês e finalizava contabilizando-as numa prestação de contas para controle interno e que depois fiquei sabendo que o ecônomo geral de nossa casa da Madalena enviava para o Economato de nossa Vice- Província junto com a contabilidade geral da casa, até hoje não fui chamado atenção por negligencia nesse trabalho, pelo contrário recebia muitos elogios dos formadores e colegas pelo “brilhante” trabalho. O Formador disse certa vez que na história de nossos seminários nunca houve tanto dinheiro em caixa ao fim de cada mês. O que me motivava doar horas de meu tempo de estudo para fazer esse trabalho eram tão somente amor e zelo pela vida fraterna comunitária. A pastoral para mim foi o maior desafio que encontrei, já havia conhecido a comunidade carente de Mangueira da Torre antes de minha turma se mudar aqui para a Madalena, então percebi que aquele era o lugar que eu queria para fazer pastoral, nada existia ali a não ser rancor e fechamento por razões pastorais anteriores, o que não era suficiente para me fazer mudar de idéia, eu sabia que o amor de Deus e a proposta de Jesus e do Espírito era suficiente para agregar as pessoas e mudar aquela situação Comecei devagar, visitando as famílias, me apresentando e apresentando a proposta de evangelização que tinha, fui muito bem acolhido em todas as casas por onde passava, vestido de túnica pelo fato de que essa era a única forma de identificação que dispunha. Fazia essas visitas nos domingos seguintes sempre das 9:00h. até as 11:30h, Depois passei a Celebrar a liturgia da Palavra aos sábados à noite, poucas pessoas participavam, tinha sábado que iam 10 pessoas, outro que iam 16 e sempre as crianças participavam dessas celebrações. Na CF-2007 reunimos um grupo de famílias pra rezar a novena nas casas, foi o primeiro sinal de que as famílias pouco a pouco estavam encontrando sentido, a participação foi boa, mesmo que fragmentada muitas vezes. Meu ideal não era a rebanhar um grande número de pessoas, mas apenas dar um sinal de uma presença pastoral, existente ali. Porém foi no Natal de 2007 que tivemos maior engajamento das famílias e efetiva participação dos meus colegas na pastoral da Mangueira, durante uma semana inteira, cada seminarista foi convidado a conduzir a novena. Foi uma semana intensa, foi difícil convencer um padre para celebrar no penúltimo dia a Missa de Natal, mas com esforço e persistência consegui convencer o Pe Jaime celebrar conosco, não sei por qual razão, no dia dessa Missa, apenas um número grande de Senhoras da paróquia compareceram na capela e o povo da comunidade não deu as caras, o fato curioso é que o gesto concreto da novena era a arrecadação de alimentos para doação ás pessoa mais carente aconteceu com sucesso, ao termino da missa, nós tínhamos ali na porta de entrada tantos alimentos, que renderam 7 cestas básicas, nada foi doado pelas senhoras da paróquia foram fruto das novenas, ou seja, o povo chegava para a missa e não ficava, mas deixava os alimentos da campanha ali junto a porta. Eu penso que esse fenômeno se deu pelo fato de que as pessoas estavam tão simples que se sentiram envergonhados de participar da missa com tantas pessoas elegantes da paróquia. Porém, no outro dia teríamos pela manhã um café comunitário preparado pelas famílias que participaram das novenas, cada um contribuiu com o que pode, a mesa ficou repleta de variados alimentos e frutas, a capelinha lotou com as famílias que participaram da organização e com as outras pessoas que saímos convidando. Quando foi a tarde ás 3:00h realizamos Tarcísio e eu um encontro com mais de 70 meninos e meninas, essa foi a primeira vez que a Senhora Renilda participou das atividades na Mangueira. Quando foi a noite, convidei a Senhora Renilda para se engajar conosco coordenando a última novena! A jovem Raissa, a convite meu participou também conosco, e fez a doação de um bifer para festejarmos bem o encerramento, Tarcísio estava presente. No ano seguinte, 2008, ganhamos o Pe. Carlos Clear para dar assistência nas duas comunidades de Mangueira e Cardoso junto com três novos seminaristas recém chegados de Arapiraca. A minha intensão foi promover uma movimentação na comunidade para acolhê-los bem, para isso acontecer, eu sai casa por casa, avisando as famílias e preparando 27 famílias para acolher três grupos que iriam celebrar as novenas da CF 2008. A primeira rua ficou com a pastoral da cidadania que atendeu imediatamente a minha proposta; a rua do meio seria atendida pelo Pe Carlos, Maílson e Geovânio e terceira rua, foi atendida por Raissa, Renilda, Adriano e eu. A pastoral da cidadania e nossos outros dois grupos fizeram um excelente trabalho. Foi nesses encontros que escutamos o lamento de Mães que lutam contra as drogas que os filhos estão viciados ( uma mãe partilhou para Adriano e eu: “meu filho começou fumando maconha, depois viciou-se no “krack”, já bateu no pai, já bateu em mim. Nós não temos mais razão de viver, pensei muitas vezes acabar com aminha vida. Os Bandidos andam atrás dele para matar se não pagar as dívidas de drogas.” Outro encontro falando sobre o aborto as 5 mulheres que participavam partilharam conosco as razões que as levaram cometer aborto). A partir daí eu passei a cuidar da catequese, até hoje. Participava e ajudava na preparação das missas que passaram a ser as 5:00 aos domingos, porém, tendo que atender a um pedido muito especial de uma grande amiga, Lucy, que passaria por uma delicada cirurgia, aceitei assumir a sua turma de Catequese especial, nesse grupo formado por duas jovens que desejava se batizar, fazer primeira comunhão e Crisma , uma jovem que queria batizar, fazer primeira comunhão, crisma e matrimônio, um casal que desejava crismar para poder casar e receber a primeira comunhão e Um jovem que desejava fazer a sua primeira comunhão. Foi uma pastoral maravilhosa, criamos laços de amizade e aperfeiçoamento dos conteúdos catequéticos. Com o retorno de Lucy permaneci com ela realizando essa pastoral. Já cumprimos parte de nossa missão: nossa catequizanda batizou, fez primeira comunhão, crisma e casou, e recentemente dia 22 as duas moças se batizaram e junto com o André, receberam a sua primeira eucaristia. Falta apenas o casal. A vida acadêmica , ao longo desses 1 ano e 7 meses, foi marcada por superação. No inicio sofri bastante com o número de leituras, trabalhos e aulas que tinha que cumpri. Perdi uma cadeira no primeiro período justamente pelo fato da minha adaptação, no segundo e terceiro meu rendimento estava acima da média, passei acima da média em todas as cadeiras e tive média 10,00 na disciplina de estágio Supervisionado, foram 70h extra sala de observação e realização de atividades na Escola Martins Júnior. Esse semestre, que por sinal é um dos mais pesados, por ser o centro do curso de filosofia, mesmo com as leituras atualizadas, trabalhos encaminhados, tranquei o curso, a pedido do Pe Francisco, que sugeriu uma pausa de três meses para um descanso junto a minha família, para eu poder rezar, refletir e decidir se quero ou não dar continuidade ao meu processo na Congregação ou nesse tempo escolher uma diocese. Aceitei essa proposta com humildade, mesmo desejando não interromper a caminhada aqui na Congregação. Vou de fato, descansar, rezar, conversar com amigos, para que rezem comigo nesse momento especial de discernimento que me foi dado. Quando divulguei no e-mail e no orkut esse momento que estou vivendo, nunca tinha recebido tanto recado de ânimo, de oração e de perseverança. Minha amiga Lucy e Maria José sentaram comigo e me deram tanta força, para que eu experiencie esse momento, buscando nele um sentido inovador na minha caminhada, a exemplo dos grandes santos como São Geraldo, São Francisco e outros que viveram provações iguais ou piores. O Professor Evandro, disse que eu tinha muito potencial e que por nada no mundo, se caso eu decida por outro caminho, eu deixe de estudar, pois ele via essa capacidade, fazendo referencias as minhas apresentações de seminários. O Pe Fábio, diretor pedagógico me deu muito força e me aconselhou a estar bastante aberto nesses três meses para colher os melhores frutos depois. O Pe Ricardo da mesma forma reforçou a importância desse momento para minha caminhada e se colocou em oração por mim. Pe. Carlos Gonzaga, Pe Júlio Miguel, Pe Marcelo, Pe Edvaldo Brito mandaram recados afirmando as suas orações pelo meu discernimento. Meus colegas da faculdade estão me apoiando e rezando por mim, meus irmãos da comunidade, muitos me procuraram para desejar boa sorte e dizer que reza por mim, minha família se colou a disposição para me ajudar no que fosse possível para que esse momento não seja doloroso para mim, mas sim, rico e transformador! Eu louvo a Deus por toda minha caminhada e agradeço de coração a todos que se lembram de mim em suas orações. Que o Senhor realize de mim, esse barro nas mãos do oleiro, a sua obra! Postulante Cícero Monteiro, Madalena – Recife, 25 de Setembro de 2008.